Dança.


29/04/2017

É a dança o que me organiza. O que dá sentido, dá valor, dignifica. Significa. 

Me significa, e significa tanto... representa tudo. 
Em cada fase diferente da minha vida ela aconteceu de um jeito, mas sempre me comoveu muito. Dançar é uma condição, não é opção, assim é comigo. E hoje, mais do que nunca, eu tenho convicção disso, que sem dança a vida falta.
Ela me levou pra vários lugares interessantes, promoveu conexão com gente e idéias incríveis. É mesmo muita gratidão. A dança me libertou, ela me deu potência pra eu poder nessa existência trabalhar pela quebra de tantos bloqueios e crenças limitantes, minhas e cujas origens penso serem ancestrais. É resignificação coletiva, o que é muito poderoso. Dança cura. Dança é mágica. 
Quando eu danço eu já resolvo problemas daqui de dentro sem que eles precisem se tornar conscientes. Isso eu comentei um dia espontaneamente com uma amiga, e só depois eu percebi a magnitude do que eu havia dito e do que essa constatação traz de profundo. Que recurso terapêutico! Que honra poder dançar. É desse tipo de dança que eu falo, que não é movida só por vaidade. Que é vital.
Hoje mais do que nunca eu quero dançar por que eu quero viver. Por que viver é mais do que o que a gente tá acostumado, aquilo que compõe nosso cotidiano comum. Tem que ser uma experiência plena, que pode ser intensificada via vivência do corpo no mundo, o entrar no "flow". E isso não requer talento algum, você tem aí contigo tudo o que precisa. Não se trata de performance, ser dançarino de vida é um estado de espírito.
Os tempos andaram difíceis, mas eu danço mesmo. Ainda, e sempre. E com entrega. Por que essa é minha revolução, minha contribuição, minha devoção. 
A dança me salva.