Dance...


Indico a dança como recurso terapêutico a qualquer pessoa porque é uma ferramenta gratuita e acessível a todos, em qualquer lugar ou situação, porque não há pré-requisitos e você a adapta às suas condições. Porque dançar cura.
Mais que a sensação bioquímica de prazer que desencadeia, a dança aborda elementos do psiquismo na forma como se expressam os movimentos e gestos, sempre carregados de sentido-significado simbólico. É uma linguagem não falada mas muito representativa, e que origina leituras infinitas (...). Somos sempre a constituição de nosso corpo e o que ele expressa (...), mas quando dançamos é como se estivéssemos ativamente conversando conosco e com o mundo. (pág. 104)

Trecho do meu livro "Não se acostume com a vida - reflexões que o câncer e outras situações complexas podem despertar em nós", em que abordo o quão poderosa é essa manifestação, a dança, para a promoção da saúde de forma integral e plena. Seja a dança performance ou a dança espontânea, dançar salva vidas! Sempre me foi vital, e é cada mais imprescindível, pois me organiza e reconecta, comigo e com o Todo.
Dançar durante o tratamento de câncer foi a experiência mais profunda que tive com essa atividade, recomendo especialmente a quem vive situações como essa de total desestabilização da imagem corporal e auto-estima. Democrática e subjetiva, todos podemos dançar e com isso nos conhecermos melhor, dando abertura para que nossa alma se expresse de forma livre, e acessando muitas vezes também o que há de mais genuíno no outro. Isso é tão potente... ♡

Sempre citando ela, musa, uma deusa, uma louca, uma feiticeira, Pina Bausch: "Dance, dance, otherwise we are lost".
Dance ou estaremos perdidos, então se joga! 
Foto incrível do @cleberbonotto, gratidão pela sensibilidade.