Sagrado...


Recentemente fui lembrada de que o Natal marca o nascimento de alguém que fez de sua vida um exemplo de conduta amorosa e entrega em prol do outro. A gente se esquece, afinal sempre tão preocupados com o que vamos comer (em geral além da quantidade necessária), com o que vamos ganhar (ter e ter mais, esse é o lema), com as luzes que nos desfocam o olhar, com as frases prontas e sem verdade, abraços distantes (quando ocorrem). A gente se distrai, pela vida afora.

Mais que isso, e tão oportuno, fui lembrada de que, se a ideia é enaltecer esse ser iluminado do qual até hoje falamos e glorificamos, nada mais adequado do que se engajar em sua obra, o que não é necessariamente pertencer a alguma religião, mas ser os princípios que ele pregava. A gente pode celebrar sim, fazer festa e congregar, escrever cartões com mensagens bonitas, presentear, fazer até discurso, mas é no dia a dia que se exercita aquilo que ele propôs, com a nossa conduta. 
Seja você cristão ou não, a data convida a adotarmos uma postura menos auto-centrada, mais honesta, humana e generosa, pautada no respeito, compreensão e compaixão. Afinal, não exerceremos nossa máxima potência individual enquanto o restante estiver em desvantagem, o que é lamentável, pois merecemos. Somos fragmentos de um todo fantástico, e na minha concepção esse todo e a dinâmica que o rege são a própria manifestação do que é Deus. Portanto somos todos divinos e dignos do melhor, e deveríamos nos dedicar a proporcionar a plenitude da vida uns aos outros.
Hoje é um bom dia para começarmos. Feliz Natal!