Dar corpo.


Quando eu comecei a escrever esse livro, ainda durante o tratamento, eram só trechos isolados de reflexões que eu vinha fazendo, na tentativa de organizar os meus pensamentos e numa busca ainda sem muita direção de por onde ir, quando eu pudesse seguir.

Esses pedaços de pensamentos se assemelham a como eu me sentia, toda fragmentada, e foi quando comecei a recolher os meus cacos que eu percebi que esses pedaços também podiam constituir algo mais completo que favorecesse não só a mim mas a outras pessoas que também buscassem algum direcionamento.
Hoje eu me sinto muito contente quando as pessoas me dizem que gostam do que lêem, que se sentem bem, se identificam, e sentem vontade de oferecer isso a outras pessoas. Quando eu vejo o livro sendo dado de presente eu fico super feliz, por que quem ganha o presente na verdade sou eu, que cada vez mais me sinto inteira.
Esse movimento de dar corpo ao "Não se acostume" me reconstruiu.